sábado, 31 de agosto de 2013

Marujo

Que mar, que azul, que fundo, que clichê.
Do triângulo no meu braço. Eu te falei da regra de três e você guardou para si, assim como a excessão do meu acordar das 4am, e me incluiu na terceira pessoa do singular. Terceira. Tão menos importante que a segunda, mas ainda assim. E não passa agora, mas ainda é mais que a terceira do plural, pouco menos que a primeira... Breve. É como uma fotografia de câmera polaroid, meu querer, vai se revelando aos poucos, vai escurecendo, colorindo, saturando... Não. Saturando não. Eu lhe permito que me colora, de enrubescimento em noite de neblina; que me escureça, enquanto cessa os olhos por exaustão, mas que me sature, não. Saturação é além do limite, é demais, e-xa-ge-ro, encheção de saco. É afogamento por água salgada. E desse mar que nos balança, meus lamentos, mas eu só permito um naufrágio desde que nós, como capitães do barco da mesma vida, não o abandonemos, marujo.