domingo, 31 de julho de 2011

Sortilégio de novembro.

Que espero-te ansiosa e por inteira,
Pois não sei cuidar de mim quando tu se ausentas.
Perdendo o senso de equilíbrio ao atravessar a rua,
E o senso de direção pra qualquer lugar onde tu não estejas.
Que perdamos essa brincadeira de vai-e-vem,
E eternizemos esse reencontro tão esperado.
Que essa projeção barata vai me matar,
Onde dá pra ver mas não dá pra tocar,
Só pra poder queimar essa expectativa da tua chegada,
Que não acontece, que não me amortece.
Que o relógio vem sorrindo com malícia e deboche,
Brincando com o calor que sobe e desce.
E sou justa, sou boa com minhas cordas vocais,
Ao contrário da minha mente que clama:
"Mudinha, dê um grito voraz; mostre-nos do que teu rancor é capaz."
Que tua falta sinto. Por inteira.
                                                                 

                                           - O que tu sabes do meu passado?
                                           - Eu sou o teu passado.

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