sábado, 1 de outubro de 2011

Ainda me lembro era domingo.


À graça das paredes brancas
Que se vitimaram de sarcasmo às entranhas,
Enquanto eu brincava de indolência com teu ar de inocência.
Enquanto tu provavas do meu fel que se mascarava de mel.

À graça dos teus cachos de dor,
Que se legitimaram no meu sorriso de amor.
Enquanto eu permanecia em sensível sintonia te rastreando num radar sem bateria.
Enquanto nós apelávamos pra cachaça porque sóbrios já não havia graça.

À graça do passeio verde e sujo,
Que sem prometer nada se estendeu até mudar meu mundo.
Enquanto teu semblante era de ternura,
Enquanto tu beijavas minh’ alma nua e crua.

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